Mas agora aí estão as fotinhos dele tiradas em 22/03/2011...
Ele está gordinho, lindo, querido, dócil e muito carente!!
O PROJETO RESGATE ANIMAL não é uma ONG, é uma iniciativa de uma brasileira que agora vive em Portugal para buscar minimizar o sofrimento de tantos animais abandonados e em risco de vida. Todas as ações foram e são realizadas com recursos próprios e, portanto, são muito limitadas, infelizmente...se você quer ajudar um animal, seja também um protetor! Qualquer um pode fazer o bem sozinho, é só querer! Posso dar dicas e conselhos, escreva para projeto.resgate.animal@gmail.com
Uma noite o menino estava solto, no meio da estrada e a filha dela, aproveitando a preciosa oportunidade, pegou nele e trouxe-o. O menino estava em pânico e só depois perceberam o porquê. Alguém lhe tinha atirado algo para os olhos, e ele estava cego, com os olhos brancos.
Foi de imediato para o HVC, hospital veterinário central, na Charneca da Caparica, onde ficou internado. Um dos olhos estava cego, o outro não estava completamente mas não se percebeu ainda o grau de dano com que está.
A maldade humana não tem limites, as nossas leis não protegem em nada estes pobres seres que não pediram para nascer, pelo contrário só favorecem e encobrem quem lhes faz mal. Quando chegará o dia em que o governo perceberá que quem faz uma coisa destas a um animal é cobarde e também o fará a uma criança ou a outro ser humano que esteja mais fragilizado?
Não sei como é que este cãozinho, depois de tudo o que passou, consegue ainda encontrar no seu coração a bondade de perdoar o ser humano e confiar novamente. Derrete-se com qualquer festinha, e é um verdadeiro exemplo de coragem.
O problema nos olhos foi o resultado de maus tratos, embora ainda não se saiba se foi por lhe terem atirado algo para a vista ou se foi o resultado de uma pancada forte que lhe tenham dado, o que não é de estranhar dado as frequentes sessões de tareia a que era sujeito. Só após a medicação fazer efeito no olho, é que conseguirão saber em concreto, mas estão mais inclinados neste momento para a segunda hipótese.
Como é que é possível haver gente tão má neste mundo? Pessoas tão cobardes que descarregam as suas frustrações nos mais fracos, que ainda por cima nem voz têm para se defender? É algo que nunca entenderei.
Precisamos de ajuda para divulgar esta situação, este menino é ainda um cachorrão, dá-se lindamente com gatos (como podem ver na foto em anexo) precisa de uma oportunidade nesta vida para conhecer o lado bom do ser humano, alguém que minimize com miminhos e carinhos, a dor e o lado negro que ele já conheceu dos humanos.
Por motivos de saúde a FAT que está cuidando dele desde a alta, só pode ficar com ele até à próxima 3ª feira. Precisamos com urgência de uma nova FAT, além de não estarmos a conseguir vaga para ele em nenhum dos hotéis, agora que ele confia no ser humano e está habituado a uma familia, levá-lo para um sitio que, embora o tratem bem, não tenha tanto contacto com pessoas, seria estar a traí-lo novamente.
O olho dele melhorou bastante e embora tenha ainda uma névoa branca já tem reacção, ou seja, não está completamente cego.
Contactos:
96 358 20 33 /96 796 17 32 /96 474 59 32
Chimpanzé lamenta a morte do filhote em uma área de preservação
no Zâmbia, na África. Foto: Katherine Cronin/Divulgação
De acordo com Ceres Faraco, médica veterinária e doutora em Psicologia, especialista em comportamento animal, os animais vertebrados em geral têm sentimentos como raiva e afeição. Porém, não compreendem por que ou de onde vem estes sentimentos. Apenas os manifestam instintivamente. Enquanto que os humanos sabem o motivo de sua raiva ou compaixão, e, além disso, conseguem controlá-las – ao contrário dos outros vertebrados.
“A alegria e tristeza dos elefantes, a aflição dos chimpanzés e gansos e a alegria e amor dos cães não deixam dúvidas sobre nossas semelhanças. Como nós, os animais experimentam medo, alegria, felicidade, prazer, vergonha, raiva, ciúmes, irritação, desconcerto, desespero e compaixão”, diz Faraco.
Os animais vertebrados não-humanos são seres sencientes, ou seja, que sentem, mas não pensam. Eles têm a capacidade de avaliar as ações dos outros, lembrar suas próprias ações e consequências, avaliar riscos e ter certos sentimentos e grau de consciência. Porém, não são seres conscientes como os humanos.
Segundo César Ades, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em comportamento animal, os primatas cujos filhotes morrem os carregam durante dias, às vezes até que se decomponham. O professor lembra o estudo da pesquisadora inglesa Jane Goodall, que conviveu por anos com chimpanzés em seu habitat natural. Ela relatou que um filhote, quando perdeu a mãe, ficou encolhido e imóvel, sem interesse por nada, deprimido e acabou morrendo algum tempo depois.
Outro exemplo de laço extremo entre os animais lembrado por Ades está entre o ganso macho e a fêmea, onde há um vínculo que dura a vida inteira. Quando morre a fêmea, o macho perde a sua combatividade e se mostra bastante perturbado e sem energia.
Recentemente, o Instituto Max Planck de Psicolinguística (MPI, na sigla em inglês), da Holanda, divulgou um vídeo em que uma mãe chimpanzé lamenta a morte do filhote, velando-o por horas. Atualmente, quase nada se sabe sobre como os primatas reagem à morte, o que eles entendem, e se eles choram. Entretanto, os pesquisadores do MPI acreditam ter relatado um período único de transição de como a mãe aprendeu sobre a morte de seu filho, um processo nunca antes relatado em detalhe.
“Os vídeos são extremamente valiosos, porque eles nos forçam a parar e pensar sobre o que pode estar acontecendo na mente dos outros primatas”, diz Katherine Cronin, uma das autoras do estudo.
Alguns pesquisadores defendem que não existe amor maternal entre os animais. Para eles, o instinto protetor é considerado um comportamento de sobrevivência da espécie. Ceres repudia essa hipótese com o relato de Pierre Pfeffer, especialista em estudo de elefantes, que testemunhou, em Botswana, na África, o encontro entre uma mãe elefante e seu filhote que haviam se perdido fazia muitos anos. Eles estavam vivendo em manadas distintas e, quando o filhote se aproximou, a mãe abandonou o grupo e balançava-se demonstrando imensa alegria.
“As emoções são absolutamente verdadeiras como nos demais animais sencientes. É notório o sofrimento diante da perda de um ser querido. Na minha experiência como clínica de comportamento de cães e gatos, vivencio diariamente as emoções e os distúrbios emocionais desses animais, não há dúvida sobre isso”, diz. Outro caso interessante, conta Ceres, é o de Alex (um papagaio participante de vários estudos da pesquisadora Irene Pepperberg sobre conhecimento, que conseguia somar, dizer palavras e expressar conceitos). Ao ser levado ao veterinário para uma cirurgia, o animal gritou angustiado ao vê-la sair: “vem aqui, te quero muito, quero voltar”.
Fonte: Terra
http://www.anda.jor.br/2011/02/13/psicologia-emocoes-aproximam-animais-dos-seres-humano/